Poesias

FESTA DAS ANCHOVAS

O sonho abre os olhos
tocando os clarins da alvorada.
Irreparável o despertar
(eu estou aqui, nós estamos aqui)
inadiáveis os afazeres.
O cardume de anchovas
dá de comer às gaivotas.
A natureza dos destinos
dá de comer aos homens.
Os pássaros do desejo
se banham em círculos rasantes
no mar. Aos pés dos caminhantes
a natureza se afervora
e o coração faz o que pode.
Do Costão do Santinho
Sopram ventos que não se dissipam.
Nem na alma,
nem nos moinhos
que movem a coragem.


Paulo Roberto do Carmo
07/12/2016

 

 

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